Art
Conservação e Restauro de Azulejos OVAR e AVEIRO


CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE AZULEJOS
OVAR - AVEIRO
RUA FERREIRA MENÉRES Nº 63 3880 - 080 OVAR
CONTACTO 917136112
NOTÍCIAS - DIARIO DE AVEIRO 29-03-2005

Marcos Muge restaura painéis de azulejos
Oriundos do antigo Hotel Avis

Três dezenas de painéis de azulejos oriundos do antigo hotel Avis, de Lisboa, estão a ser restaurados e conservados pelo artista plástico Marcos Muge, na sua oficina em Ovar Cerca de três dezenas de painéis de azulejos, executados no início do século XX, que decoraram o luxuoso Hotel Avis, em Lisboa, e que actualmente são propriedade de um particular, estão a ser restaurados por Marcos Muge, na sua oficina em Ovar. Os painéis, quando foram retirados do hotel, foram colados, com cola de cimento, em placas de fibrocimento, pelo que a sua remoção desse suporte físico é praticamente irreversível, motivo pelo qual, apesar do restauro, continuarão sobre essa placas, após o devido acerto desses suportes. Depois de efectuado o acerto das placas de suporte, o artista vareiro procede à limpeza de cada um dos painéis, pondo em evidência a respectiva pintura. Após isso, segue-se a fase de preenchimento das lacunas ou dos azulejos degradados (falhas, fissuras, rachas) com uma argamassa compatível com o material original dos respectivos azulejos. Só depois desse minucioso trabalho de conservação do azulejo é que Marcos Muge faz o restauro da pintura, utilizando a pintura a frio. Neste momento, já estão conservados e restaurados cerca de metade dos painéis, tanto dos maiores como dos pequenos. Os painéis maiores são constituídos por seis filas de onze azulejos, enquanto que os mais pequenos são constituídos por quatro filas de quatro azulejos, que, tanto nos primeiros como nos segundos, são acrescidos das respectivas cercaduras, também em azulejos. As cercaduras são decoradas com motivos florais e rostos humanos, com tonalidades amarelas, sépias, verdes e imitações marmoreadas. As pinturas dos painéis apresentam tonalidades sépias e representam alegorias (humanas) a Lisboa, com motivos pictóricos típicos do século XIX. Os painéis não estão datados nem assinados, mas devem ter sido executados nos inícios do século vinte, uma vez que o edifício foi construído em 1906, e a inauguração como hotel ocorreu em 1933. Um artista multifacetado Marcos Muge é um artista plástico que se dedica a uma ampla gama de actividades, desde o restauro de azulejos, de telas e de frescos até à criação de peças de arte, onde se inclui a cerâmica artística, a pintura (óleos, acrílicos, azulejos, o fresco, o mural e outras), tanto de cariz clássico como moderno. Na técnica de pintura a fresco, é mesmo um dos raros artistas actuais que promove essa técnica em trabalhos modernos, tendo ainda recentemente efectuado uma pintura nova numa capela da região, para além de ter restaurado um outro fresco na igreja de Esgueira. No corrente ano, Marcos Muge irá assinalar os seus 20 anos de actividade artística com uma exposição onde irá apresentar pintura a óleo, sobre telas de grandes dimensões e com temática moderna, e originais peças de cerâmica artística. O mais sumptuoso hotel do mundo Silva Graça, avô materno da pintora Helena Vieira da Silva, então proprietário do jornal «O Século», era o dono do palacete original, construído em 1906 por António Pio e com projecto do conhecido arquitecto Ventura Terra. Mais tarde, Silva Graça vendeu o palacete a um genro, de nome Joseph Rugeroni, que transformou o palácio, situado no gaveto da Rua Latino Coelho com a Avenida Fontes Pereira de Melo, no Avis Hotel, cujas obras de adaptação decorreram entre 1930 e 1933, segundo projecto do arquitecto Vasco Regaleira e direcção técnica de Carlos Augusto Sá Carneiro. Ainda antes do início da Segunda Guerra Mundial, a revista norte americana considerou o Avis Hotel como «o hotel mais sumptuoso do mundo». Durante décadas, foi o mais luxuoso hotel português e um dos melhores da Europa, tendo sido escolhido por Calouste Gulbenkian para sua residência durante 13 anos, onde ocupou, durante todos esses anos, dez dos 25 quartos do hotel. Outra curiosidade do hotel é o facto do então chefe do Governo português, António de Oliveira Salazar, vender para o Avis Hotel os ovos provenientes da capoeira que tinha instalada nos jardins do Palácio de S. Bento. O encerramento do hotel, e posterior demolição do palacete, foi autorizado por Oliveira Salazar após a inauguração do Hotel Ritz. O último hóspede do hotel saiu no dia 30 de Abril de 1961.

Cardoso Ferreira





Depois de removidas todas as argamassas de cimento que estavam sobre o vidrado cerâmico e a consolidação da chacota, procedi á colocação de argamassa especifica nas áreas em falta, que depois foram isoladas com Paraloid B72, seguindo o processo de pintura a frio e respectiva protecção.




O Banco de Azulejos
PAINEL DE AZULEJOS QUE ESTAVA NO ANTIGO QUARTEL DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE OVAR


Registo de Azulejos que estava no antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ovar


A remoção dos azulejos para proceder a todas as etapas de conservação e restauro dos Azulejos


Na etapa da remoção dos Azulejos da parede


Uma parte doa Azulejos estavam colados á parede com cimento


Alguns Azulejos estavam partidos na própria parede


Como estava o Azulejo


Após todas as etapas o Azulejo restaurado
PAINEIS DE AZULEJOS PROVENIENTES DO CONVENTO S. BERNARDINO EM AVEIRO E QUE FORAM COLADOS NO HALL DE ENTRADA DA ANTIGA ENTRADA NO MUSEU DE AVEIRO
Integrado no Curso de Pintura e Restauro de Azulejos realizado na Cerâmica Aleluia e sob a Entidade Patrocinadora e Tutelar do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Aveiro, entre 1991/93, com o apoio do Museu de Aveiro e Museu nacional do Azulejo, todo o Grupo Antonio Saraiva, Antonio Almeida, Carla Amarelo, Lúcia, Marta Tavares, Yolanda, Pedro Fidalgo e Marcos Muge realizaram uma intervenção de Conservação e Restauro num painel de Azulejos que estava colado na antiga entrada do Museu de Aveiro. As Formadoras Técnicas do Museu Nacional do Azulejo foram as Dr.ª Deolinda Tavares e Dr.ª Manuela Malhoa. Do Museu de Aveiro tivemos o apoio da Sr.ª Directora Dr.ª Maria Guimarães e Dr.ª Claudia.


Como estava o Painel de Azulejos colado na parede. A outra parte que falta já tinha saido porque estava descolada da parede e em risco de cair. Por esse facto foram retirados


A parede após a remoção dos Azulejos




O Grupo em trabalho no Hall de entrada no Museu de Aveiro


Todos os Azulejos e os diversos fragmentos depois de dessanilizados, foram reintegrados no seu conjunto individual de cada Azulejo e do painel


Aplicação de ParaloidB72 nas diversas áreas fragmentadas


Limpeza do tardoz dos Azulejos. Os mesmos estão numerados e identificados por Painel, que neste caso é o Painel numero 5


O processo da dessanilização


A colagem dos Azulejos e depois de preenchidas as lacunas para depois ser efectuado o trabalho de pintura


O processo do preenchimento das respectivas lacunas


O texto que estava junto do Painel de Azulejos depois de intervencionado exposto no Forum Picoas em 1993


Parte dos meus colegas do Curso Lucia, Pedro Fidalgo, Marcos e Marta. Do lado esquerdo esta o professor David Torres e do lado direito o Mestre João Calisto da Fabrica Aleluia


O Painel de Azulejos propriedade do Museu de Aveiro em Exposição no Forum Picoas em 1993
Prevenção, intervindo na conservação, desde a limpeza; consolidação; colagem dos fragmentos e face vitrea; colagem nas paredes e as várias acções de restauro, que vai desde o restauro a frio até á reprodução de réplicas.


Fazer Azulejos com molde de gesso


Reprodução do Azulejo Arte Nova do Restaurante A Toca em Ovar


Escadaria de Azulejos a ser restaurada da Fundação Bissaya Barreto em Bencanta, Coimbra








Azulejos da Fundação Bissaya Barreto, em Bencanta, Coimbra


Em 1990 enquanto estudante no Curso de Azulejaria que frequentei no CENCAL em Caldas da Rainha, desenvolvi o estudo das argamassas como se aplicavam os azulejos na parede. O resultado da investigação e consequente prática, surge de toda a informação recolhida oralmente dos velhos mestres assentadores de azulejos (os diversos procedimentos desde a preparação das paredes, preparação da cal, saibro e areia e como preparar os azulejos com um dia de antecedência para o assentamento), vendedores ao balcão nas drogarias antigas, pintores de azulejo e até de um carreteiro que transportava louça para o Porto e na volta trouxe algumas vezes azulejos. Dos mestres com quem tive formação foram desde Armando Correia, Martins Correia e Amilcar Matias. Por outro lado, no laboratório do CENCAL desenvolvi investigação na analise de produtos usados no assentamento fornecidos pelas informações que atrás referi
Perceber qual o traço correcto de argamassa e todos os outros procedimentos tecnicos na preparação das paredes para depois realizar o assentamento, a preparação dos azulejos como deveriam estar, é congratular-se do saber fazer como fizeram nos assentamentos do século XVII e seguintes. Interessante é perceber como é que azulejos assentes há varios seculos, ainda hoje estão assentes desde a sua origem.
O assentamento na sua essencia tem que ser flexivel e facilmente removivel, dando a possibilidade em qualquer altura poder ser removido






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Conservação e Restauro de Azulejos OVAR e AVEIRO (Art)    -    Author : Atelier Marcos Muge - Portugal


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